terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Se admitirmos o mundo Espiritual como faz o Kardecista.

 
    Temos o seguinte:
    Ao olhar para o nossa vida e nossa relação com nossos entes queridos especialmente aquele que é mais próximo, vê-se que através dos anos em nossa experiência encarnados,  passado a vida ao lado de alguém especial,  como um pai ou uma mãe ou outro ente, um amigo(a), qualquer pessoa que lhe desperte o amor àgape, fraterno, um amor que ainda que não seja consanguíneo, seja equiparado aos laços de família. 
   
    Ao passar a vida inteira ao lado desse ente, acontece que em nossa convivência todos os dias perdemos nossa identidade pessoal, assumimos e nos projetamos em nosso ente, reconhecendo nele nossa própria imagem; sendo a sua, diante de nossos olhos, somos o eu do outro lado olhando pra nós mesmo o tempo todo. Nosso ente, vira uma extensão do nosso ser, nos reconhecemos na face do outro. Ele é eu.  
    
    A perplexidade da morte é tamanha que é um sofrimento sem prescedentes na história de um indivíduo, é admitir-se entregar o braço a mutilação, é perder parte de sua consciência que vai embora junto com aquele que amamos.
   Segundo o Kardercismo, nosso amor (nossa consicência do outro) não acaba ali! não extingui-se com a morte. (Me ocorreu o medo de perder minha mãe.) Toda Dor vivida pela despedida para o além! não passa de mero delírio egoísta para com o que vai embora de nós, desejamos manter nossa outra parte aqui, junto de nós. A vida continua logo adiante nossa hora chega. E só posso creer em meu coração, que nosso reencontro será logo. Tem uma porção de gente me esperando do outro lado já! 
   
    Nosso dever é compreender o mais rápido possível que o estado presente do nosso ente que caminha para outro estado de vida, que aliás, é um degrau mais perto de sua chegada evolutiva. 
 
    O desencarne não passa de algo natural! 
   
   Toda via, vivendo esta dor da perda, em seu tempo se amenizará sua tristeza e por último reflita, na possibilidade do reencontro num momento futuro que não se sabe a distância em que está, se perto ou se longe, mas se sabe que é certo.
   
    Não basta a certeza do reencontro, não basta a certeza que muitas outras encarnações virão pelo caminho e que em muitas outras jornadas seremos pais e filhos, filhos e pais, mães, irmãos, amigos, avós, tios, primos, casados... Quantas outras vidas bastarão para se viver junto por uma certa eternidade, sim, pois temos um longo caminho juntos que durarão uma eternidade, isso é #fato.
 
    Tristeza mesmo, é o ponto em que os entes cumprirão seu destino e se separarão na eternidade, pois haverá outros caminhos novos para seguir e será necessário ir. triste mesmo é isso! se separar pela eternidade.
 
 
   Ainda sim, deve ser mantida a felicidade da conquista de novos caminhos aos seus entes amados, um sempre poderá encontrar com o outro nos intervalos entre uma reencarnação e outra e nos amaremos sempre por toda eternidade.
 
Sendo infinito o tempo de viver junto na eternidade.

Até breve amigos!